As Aulas na Era Digital e a Co-inteligência: "convide a IA para a mesa" por Ethan Mollick

 

Aulas

Luciano Leite Galvão

Tenho visto vídeos em que professores perdem a calma porque os alunos usam inteligência artificial para produzir conteúdo nas aulas ou até mesmo para responder aos professores. Tradicionalmente, o modelo de perguntas e respostas predomina, representando cerca de 90% das práticas em sala de aula, enquanto outros formatos são geralmente reservados para avaliações bimestrais ou finais. Com o surgimento da IA, qual seria o formato de aula mais indicado tanto para ensinar quanto para avaliar os estudantes?

Copilot

Resumo direto: Adote aulas ativas e avaliativas baseadas em projetos, portfólios e tarefas autênticas que integrem a IA como ferramenta — ensino por investigação + avaliação formativa contínua e provas práticas que exijam processo, justificativa e aplicação, não só respostas finais.

Formato de aula recomendado

Aulas híbridas centradas em projetos (PBL) e aprendizagem baseada em problemas são as mais indicadas. Nessas abordagens, os alunos trabalham em tarefas reais, criam produtos (textos, protótipos, apresentações) e documentam o processo — o que torna o uso de IA uma ferramenta auxiliar, não um atalho para pular etapas do raciocínio. A IA passa a ser um recurso para pesquisa, rascunho e iteração, enquanto o professor foca em metacognição, critérios e feedback.

Como ensinar com IA (práticas em sala)

  • Modelagem de prompts e pensamento crítico: ensine os alunos a formular perguntas, avaliar respostas da IA e validar fontes; isso desenvolve habilidades de investigação e literacia digital.
  • Atividades em ciclos curtos: combine mini-aulas expositivas (10–15 min) com oficinas práticas onde equipes usam IA para gerar hipóteses, testar soluções e iterar.
  • Documentação do processo: peça rascunhos, logs de prompts e justificativas das escolhas; o processo vale tanto quanto o produto. Ferramentas de apoio para professores podem automatizar exercícios e correções, mas com mediação docente.

Como avaliar com IA (formatos e critérios)

  • Avaliação formativa contínua: feedback rápido sobre rascunhos, autoavaliação guiada e rubricas claras para cada etapa.
  • Portfólios e produtos autênticos: avalie coleções de trabalhos, versões e reflexões; isso evidencia aprendizagem ao longo do tempo.
  • Provas práticas e orais: tarefas em que o aluno precisa explicar o raciocínio, defender escolhas e resolver problemas inéditos — menos suscetíveis a respostas prontas geradas por IA.
  • Questões que exigem metacognição: peça justificativas, comparação entre alternativas e análise crítica das respostas da IA; isso revela compreensão real.

Riscos e como mitigá‑los

Riscos: plágio, dependência da IA, perda de habilidades de escrita e pensamento crítico. Mitigações práticas: exigir registro do processo (prompts, versões), usar rubricas que valorizem originalidade e reflexão, alternar avaliações individuais e em grupo, e ensinar ética e verificação de fontes.

Exemplo prático (semana)

  • Segunda: mini‑aula + formação de grupos; definição do problema.
  • Terça‑Quarta: pesquisa guiada com IA; rascunhos e logs de prompts.
  • Quinta: oficina de revisão entre pares; feedback formativo.
  • Sexta: entrega do produto + apresentação oral e reflexão escrita sobre o uso da IA.

Conclusão prática: mude o foco de “responder certo” para “demonstrar processo e pensamento”; use IA como ferramenta pedagógica e instrumentos digitais para gerar atividades e avaliações, mas mantenha rubricas, defesa oral e portfólios como pilares da avaliação para garantir aprendizagem autêntica e mensurável.


 
Luciano Leite Galvão

Avalie a explicação do Copilot e reescreva a orientação com o que puder acrescentar.

Gemini

Aqui está uma avaliação da resposta gerada pelo Copilot, seguida de uma reescrita expandida e aprofundada da orientação pedagógica, focada em estratégias cognitivas de "Co-inteligência".


1. Avaliação Crítica da Resposta do Copilot

A resposta do Copilot é correta e segura, mas conservadora. Ela acerta ao sugerir a migração do modelo "Perguntas e Respostas" para a "Aprendizagem Baseada em Projetos" (PBL) e ao enfatizar o processo em vez do produto final.

No entanto, a resposta apresenta algumas lacunas que podemos preencher:

  • Falta de Metodologias Ativas Específicas para IA: O Copilot sugere "mini-aulas expositivas", o que ainda mantém um formato tradicional. Com a IA, podemos radicalizar para uma "Sala de Aula Invertida 2.0", onde a exposição de conteúdo é feita pela IA em casa, e a sala de aula é 100% debate e aplicação.
  • Superficialidade na Avaliação: Ele sugere avaliar "rascunhos e logs". Isso é funcional, mas burocrático. Uma abordagem mais rica é avaliar a capacidade de curadoria e a engenharia de prompt como competências em si.
  • Ameaça vs. Ferramenta: O texto foca muito em mitigar riscos como plágio. A nova orientação deve focar na IA como um "parceiro de debate" (sparring partner) para elevar o nível cognitivo.

2. Nova Orientação: A Pedagogia da Co-inteligência

Abaixo, reescrevo a orientação integrando o que há de mais recente na neurociência da aprendizagem aplicada à IA.

O Novo Paradigma: Do "Oráculo" para o "Editor-Chefe"

O professor deixa de ser a fonte da verdade (já que a IA fornece a informação bruta) e passa a ser o treinador do pensamento crítico. O aluno deixa de ser um "redator" para se tornar um "editor-chefe" e "estrategista".

A. Formatos de Aula Recomendados

Não basta apenas dar projetos. O formato de aula deve forçar o aluno a pensar sobre o pensamento da máquina (metacognição).

  1. Sala de Aula Invertida com "Tutor IA":
    • Antes da aula: O aluno estuda o tema interagindo com a IA (ex: "Explique a Revolução Francesa como se eu tivesse 10 anos").
    • Na aula: O professor não explica o básico. Ele apresenta um dilema complexo ou um erro sutil que a IA costuma cometer e pede que os alunos debatam ou corrijam.
  2. O Método do "Crítico Especializado":
    • Em vez de pedir "Escreva um ensaio sobre X", peça: "Peça à IA para escrever um ensaio sobre X. Agora, usando o livro didático e fontes confiáveis, encontre 3 erros, 2 alucinações e 1 viés no texto da IA e reescreva-o para que fique perfeito".
    • Ganho: O aluno precisa saber mais que a máquina para corrigi-la.
  3. Debate Socrático Simulado:
    • Os alunos usam a IA para simular uma figura histórica ou um oponente em um debate.
    • Tarefa: "Convença a IA (assumindo a persona de Platão) de que a democracia moderna funciona". O aluno precisa argumentar, contra-argumentar e registrar a lógica usada.

B. Como Avaliar (Indo além do Processo)

O Copilot sugeriu avaliar o processo, mas podemos ser mais específicos sobre o que avaliar nesse processo:

  1. Avaliação da "Sintaxe do Pedido" (Prompt Engineering):
    • Não avalie apenas a resposta. Dê nota para a qualidade da pergunta que o aluno fez à IA. Um aluno que pede "Fale sobre células" tem nota menor do que aquele que pede "Compare a estrutura da célula animal e vegetal focando na produção de energia, usando analogias urbanas".
  2. Defesa Oral Cruzada:
    • Como sugerido pelo Copilot, a defesa oral é crucial. A inovação aqui é permitir que o aluno use a IA durante a defesa oral, mas com tempo limitado.
    • Exemplo: O professor faz uma pergunta difícil. O aluno tem 30 segundos para consultar a IA e 2 minutos para explicar a resposta com suas próprias palavras, validando se a IA acertou ou não.
  3. Avaliação Comparativa (Humano vs. Máquina):
    • Peça para o aluno entregar duas versões: a "Versão Pura da IA" e a "Versão Humana Aprimorada". A nota sai do Delta (Δ) — ou seja, o quanto o aluno conseguiu adicionar de valor, emoção, contexto local ou ética que a máquina não conseguiu.

C. Fluxo Semanal Otimizado (Exemplo Prático)

Revisando o cronograma sugerido pelo Copilot:

  • Segunda (Conceituação): O Professor lança um "Desafio Impossível" (um problema real sem resposta única). Alunos usam IA para brainstorming inicial de perguntas, não de soluções.
  • Quarta (Laboratório de Falhas): Os alunos trazem o que a IA produziu em casa. A aula é focada em auditar a IA. "Onde a IA foi superficial? Onde ela foi preconceituosa?". Ocorre a verificação de fatos (Fact-checking).
  • Sexta (Síntese Humana): Apresentação da solução final. O uso de slides ou textos gerados por IA é permitido, mas o aluno deve apresentar um "Relatório de Autoria": O que é meu, o que é da máquina e por que concordei com ela.

Resumo da Diferença

Enquanto o Copilot sugere usar a IA como uma ferramenta de apoio à pesquisa, esta nova orientação sugere usar a IA como um objeto de estudo e crítica. O objetivo não é apenas que o aluno aprenda o conteúdo com a IA, mas que ele desenvolva a autoridade intelectual para liderar a IA.

Gostaria que eu montasse um exemplo de rubrica de avaliação (tabela de notas) baseada nestes critérios de "Co-inteligência"? 

Luciano Leite Galvão

Crie um exemplo de rubrica de avaliação.

Gemini

Aqui está uma proposta de Rubrica de Avaliação para a Era da IA, desenhada para valorizar o pensamento crítico e a autoria humana, em vez de apenas a resposta final correta.

Esta rubrica penaliza a "terceirização cega" (copiar e colar) e premia a "curadoria intelectual".

📊 Rubrica: O Humano como Editor-Chefe da IA

Critério de Avaliação (Peso)

Nível 1: Dependente (0-5) (O "Papagaio" da IA)

Nível 2: Revisor (6-7) (O Corretor)

Nível 3: Co-Piloto (8-9) (O Estrategista)

Nível 4: Arquiteto (10) (O Criador Original)

1. Engenharia de Prompt & Iteração

(Habilidade de Pergunta)


Usou um único prompt genérico (ex: "Faça um texto sobre X"). Aceitou a 1ª resposta sem questionar.

Fez algumas perguntas sequenciais para ajustar o tamanho ou tom, mas manteve a estrutura básica da IA.

Usou prompts complexos (ex: personas, restrições). Refinou a resposta da IA várias vezes até atingir o objetivo.

Criou uma estratégia de prompts. Usou a IA para gerar opções divergentes e combinou o melhor de cada uma para criar algo novo.

2. Verificação de Fatos (Fact-Checking)

(Rigor Científico)


O trabalho contém "alucinações" da IA ou fontes inventadas. O aluno não verificou a veracidade.

O aluno corrigiu erros óbvios, mas deixou passar sutilezas ou viés (bias) presente no treino da IA.

O aluno identificou e corrigiu erros da IA, cruzando informações com bibliografia confiável indicada em aula.

O aluno incluiu notas de rodapé apontando onde a IA errou ou foi superficial, demonstrando domínio superior ao da máquina.

3. O "Delta Humano"

(Originalidade e Voz)


Texto com "sotaque de IA" (uso excessivo de palavras como "crucial", "fundamental", listas genéricas). Sem voz própria.

O texto é correto, mas impessoal. Parece uma enciclopédia. Pouca conexão com a realidade local.

O aluno inseriu exemplos locais, analogias próprias ou experiências pessoais que a IA desconhece.

O trabalho tem uma "alma". A IA fez a estrutura, mas o aluno injetou crítica social, ética ou criatividade impossível de automatizar.

4. Transparência do Processo (Metacognição)

(Ética e Lógica)


Não declarou uso de IA ou não sabe explicar o conteúdo se questionado oralmente.

Declarou que usou IA, mas o registro (log) é confuso ou incompleto.

Entregou o "Relatório de Autoria" detalhando quais partes são IA e quais são humanas, justificando as escolhas.

Além de declarar, o aluno fez uma análise crítica sobre por que a IA escolheu aquele caminho e como ele o melhorou.


📝 Exemplo de Aplicação Prática

Para facilitar a aplicação dessa rubrica, você pode solicitar que toda entrega de trabalho venha acompanhada de um "Relatório de Bastidores".

Instrução para o Aluno:

"Para este trabalho, você pode e deve usar a IA. No entanto, sua nota será baseada não apenas no texto final, mas em como você chegou lá. Anexe ao trabalho final um documento respondendo:"

  1. Qual foi o seu Prompt Mestre? (A pergunta inicial).
  2. O que você rejeitou? (Copie um trecho que a IA escreveu e que você apagou porque estava errado, ruim ou genérico).
  3. Onde está você? (Grife em amarelo no texto final os parágrafos que foram escritos 100% por você ou onde você discordou da máquina).

Por que isso funciona?

Baseado nos textos que você enviou:

  • Atende à necessidade de metacognição e justificativa.
  • Transforma o risco de plágio em exercício de documentação.
  • Foca em avaliar o raciocínio e a defesa de escolhas, que são menos suscetíveis a respostas prontas7.

Gostaria que eu simulasse como seria a avaliação de um aluno fictício usando essa tabela para vermos a nota na prática?

Luciano Leite Galvão

Elabore uma imagem relacionada ao assunto e sugira um prompt que possa ser utilizado tanto no Night Cafe quanto no Microsoft Designer.

Gemini

Aqui está uma sugestão de imagem que representa visualmente a transição do modelo tradicional para a pedagogia da "Co-inteligência" descrita nos textos.

Conceito da Imagem: "O Ateliê da Co-Inteligência"

A imagem deve capturar o momento exato em que a IA deixa de ser o "oráculo" que dá a resposta pronta e passa a ser um material bruto de trabalho, sob a supervisão crítica e criativa de estudantes e professores.

Elementos Visuais Chave:

  • O Ambiente: Não uma sala de aula tradicional com carteiras enfileiradas, mas um espaço estilo "maker space" ou ateliê de design, luminoso e um pouco caótico, focado em projetos.
  • A Tecnologia (IA): Uma grande tela central ou mesa interativa exibindo algo complexo gerado por IA (um texto longo, um gráfico de dados, um esboço arquitetônico), claramente identificado como um "Rascunho Digital" ou "Hipótese da IA".
  • A Ação Humana (O Foco Principal): Estudantes e um professor ao redor dessa tela, não olhando passivamente, mas interagindo criticamente. Eles estão apontando, segurando cadernos físicos com anotações à mão, comparando a tela com livros reais. A linguagem corporal deve ser de debate, investigação e curadoria. O humano é o editor-chefe, a máquina é a assistente.
  • O Processo: Espalhados pelo ambiente, deve haver evidências do processo de aprendizagem: post-its, quadros brancos com mapas mentais, protótipos físicos inacabados e esboços iniciais, valorizando o "como" se chegou lá, não apenas o produto final.

Prompt Sugerido (Compatível com Night Cafe e Microsoft Designer)

Este prompt é detalhado para guiar a IA na criação de uma cena complexa que mistura tecnologia e interação humana orgânica.

Prompt:

A documentary-style photograph of a vibrant, modern educational workshop representing "human-AI co-intelligence." A diverse group of university students and a teacher are collaboratively gathered around a large glowing interactive table displaying complex AI-generated drafts, data charts, and text blocks labeled "AI GENERATED HYPOTHESIS." The humans are actively engaged as critical editors: one student points critically at a flaw on the digital screen with a stylus, another holds up an open physical notebook filled with handwritten corrections and sketches to compare, and a teacher leans in, facilitating an energetic debate. The room is filled with project materials, physical prototypes, blueprints on whiteboards, and post-it notes, emphasizing the creative process over final answers. Natural light streams in. Cinematic lighting, highly detailed.

Tradução livre para o português (para referência):

Uma fotografia em estilo documental de um workshop educacional moderno e vibrante representando a "co-inteligência humano-IA". Um grupo diversificado de estudantes universitários e um professor estão reunidos colaborativamente em torno de uma grande mesa interativa brilhante que exibe rascunhos complexos gerados por IA, gráficos de dados e blocos de texto rotulados "HIPÓTESE GERADA POR IA". Os humanos estão ativamente engajados como editores críticos: um estudante aponta criticamente para uma falha na tela digital com uma caneta stylus, outro segura um caderno físico aberto cheio de correções manuscritas e esboços para comparar, e um professor se inclina, facilitando um debate enérgico. A sala está cheia de materiais de projeto, protótipos físicos, plantas em quadros brancos e notas adesivas, enfatizando o processo criativo em vez de respostas finais. Luz natural entra. Iluminação cinematográfica, altamente detalhada.

Luciano Leite Galvão

Nota: No Copilot, modo Think Deeper, este prompt produziu imagens realistas muito boas. E eu usei a imagem do Copilot para esta postagem no Blogger. A Gemini também produziu uma imagem realista e é a imagem que coloco abaixo.

Aulas com Inteligência Artificial

A Era Digital nas Salas de Aula e a Co-inteligência: Por que o seu aluno precisa ser um "Editor-Chefe" (e não de um Oráculo)?

Por [Luciano Leite Galvão]

Até ontem, a nossa maior preocupação em sala de aula era: "Como impedir que o meu aluno use a Inteligência Artificial para colar?". Hoje, a pergunta mudou. A questão central de 2024/2025 é: "Como ensinar o meu aluno a pensar com a Inteligência Artificial para se tornar mais inteligente do que ela?".

Bem-vindos à era da Co-inteligência.

Neste artigo, vamos fechar o ciclo das nossas orientações pedagógicas recentes, aprofundando o conceito de que a IA não é uma ferramenta de substituição do pensamento, mas de ampliação.

O Fim da Era das Respostas

Durante séculos, a escola premiou quem tinha as respostas. Quem memorizava a capital da França ou a fórmula de Bhaskara tirava 10. Com a chegada dos Grandes Modelos de Linguagem (LLMs), a resposta tornou-se uma commodity — barata, instantânea e acessível. O valor migrou da resposta para a pergunta e, principalmente, para a curadoria.

É aqui que entra o novo papel do estudante: o de Editor-Chefe. Assim como um editor de jornal não escreve todas as matérias, mas decide a pauta, verifica as fontes, corrige o tom e assume a responsabilidade ética pelo que é publicado, o aluno deve aprender a liderar a IA.

O Que é Co-inteligência?

O termo, popularizado recentemente por pesquisadores como Ethan Mollick, define a capacidade de somar a criatividade, ética e contexto humanos com a velocidade, padrão e volume de dados da máquina. Na prática escolar, isso significa desenhar aulas onde a IA atua como:

  1. O Estagiário Incansável: Que gera rascunhos, resume textos longos ou cria tabelas de dados brutos.
  2. O "Sparring Partner": Um oponente de debate que ajuda o aluno a testar seus argumentos antes de escrever o texto final.
  3. O Tutor Personalizado: Que explica o mesmo conceito de 5 formas diferentes até o aluno entender.

A Biblioteca do Professor 5.0

Para quem deseja mergulhar nesse universo e fundamentar suas práticas, selecionei três leituras essenciais que servem como bússola para este novo território.

1. A Bíblia do Novo Paradigma

📚 Livro: Co-Intelligence: Living and Working with AI ✍️ Autor: Ethan Mollick Por que ler: Mollick, professor da Wharton School, é talvez a voz mais lúcida atualmente. Ele defende que devemos "convidar a IA para a mesa" e "tratá-la como uma pessoa (mas dizer a ela que tipo de pessoa ela é)". O livro oferece princípios práticos, como o de sempre "assumir que esta é a PIOR IA que você usará na vida" (pois elas só vão melhorar), o que nos obriga a adaptar métodos constantemente.

Dica: Acompanhe também a newsletter dele, One Useful Thing, para insights semanais.

2. A Visão Otimista da Educação

📚 Livro: Brave New Words: How AI Will Revolutionize Education ✍️ Autor: Salman Khan (Fundador da Khan Academy) por que ler: Se você tem medo de que a IA desumanize a sala de aula, este livro é o antídoto. Sal Khan argumenta — com dados — que a IA pode tornar a educação mais humana, liberando o professor das tarefas repetitivas para que ele possa fazer o que só humanos fazem: mentorar, acolher e inspirar. É uma leitura essencial para entender o conceito de "tutor para cada aluno".

3. O Contexto Brasileiro e Prático

📚 Livro: Inteligência Artificial: Do Zero a Superpoderes ✍️ Autor: Martha Gabriel Por que ler: Para uma visão mais próxima da nossa realidade, Martha Gabriel é imbatível. Ela desmistifica a tecnologia e foca nas competências humanas que precisamos desenvolver para não sermos "atropelados". O livro é excelente para entender a ética e o impacto social da IA no Brasil.

Conclusão: Abrace o "Centauro"

No xadrez, chamam-se "Centauros" os times formados por um humano e um computador jogando juntos. Estatisticamente, um Centauro (Humano + IA) vence tanto um humano sozinho quanto um supercomputador sozinho. O objetivo da nossa nova sala de aula é formar esses Centauros: alunos que não abrem mão do seu pensamento crítico, mas que sabem usar a máquina para chegar aonde sozinhos não conseguiriam.

Vamos juntos construir essa educação.


Este artigo serve como material de apoio para o planejamento das aulas baseadas em Projetos e Co-inteligência discutidas anteriormente.

 Luciano Leite Galvão / Gemini / Copilot / +55 (67) 99958-8207 / luciano198541@gmail.com

Anexo I

Qual música você indicaria para esse conteúdo? Ele já está no Blogger e na Página do Facebook Café com Algoritmo.

Gemini

Para esse conteúdo, que mistura tradição (sala de aula, humanidade) com inovação (IA, futuro), a escolha musical precisa ser um "Centauro" sonoro: algo que tenha alma orgânica, mas estrutura digital.

Minha indicação principal é:

🎵 "Giorgio by Moroder" – Daft Punk - Spotify - YouTube

Por que essa música é perfeita para o seu post?

  1. A Narrativa Histórica (Storytelling): Como sua categoria é História e Filosofia, essa música encaixa como uma luva. Ela começa com um monólogo do lendário Giorgio Moroder contando a história da sua vida e como ele queria criar o "som do futuro" usando sintetizadores (a "IA" da época), mas mantendo a harmonia humana.
  2. A Estrutura "Co-Inteligência": A música é uma aula de fusão. Ela começa com voz humana (o professor), entra um clique de metrônomo (a máquina/processo), evolui para jazz (improviso humano) e termina em uma sinfonia orquestral eletrônica complexa. É exatamente a metáfora da aula que você propôs: o humano liderando a máquina para criar algo grandioso.
  3. O Clima: Ela é longa (9 minutos), épica e intelectual. Passa seriedade e modernidade ao mesmo tempo.

🎧 Opção B (Instrumental para Leitura)

Se preferir algo sem letra, apenas para criar a atmosfera de "laboratório do futuro" enquanto o leitor consome o artigo:

  • "Says" – Nils Frahm - Spotify - YouTube:
    • Este compositor alemão é famoso por tocar piano clássico (tradição) e sintetizadores (futuro) ao mesmo tempo no palco. A música começa lenta e hipnótica e cresce para algo gigante. Representa perfeitamente a paciência do aprendizado somada à potência da tecnologia.

Como usar no Facebook/Blogger:

"Para ler este texto, sugiro dar play em 'Giorgio by Moroder'. Reparem como a voz humana guia a tecnologia, e não o contrário. É essa a harmonia que buscamos na sala de aula."

Luciano Leite Galvão

Nota: Entre essas duas opções eu gosto do minimalismo do Nils Frahm. O meu gosto vai para a música Celta e Clássica com sons do tipo cinematográficos. E esta música Says está na minha Playlist do Spotify chamada, Protótipo Auditivo do Poema Entre a Flor e o Universo – link.

Poema: Copilot - Poema Entre a Flor e o Universo com Trilha Sonora Conceitual


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